Este artigo faz parte do especial “Employer Branding Best Practices” publicado na edição de Janeiro 2024 da Human Resources, no âmbito da Employer Branding Conference 2024, promovida pela Talent Portugal.
Neste momento, podemos dizer que é uma aposta ganha no mercado de talento jovem. Prova disso são os números de candidatos que temos; o “match” dos perfis que conseguimos; e o aumento das recomendações de colegas, amigos e familiares que surgem dos próprios trainees e da comunidade em geral.
Sofia Henriques – Head of Employer Branding & Onboarding
A Altice Portugal continua a investir na inovação e o projecto DarWin é, cada vez mais, um exemplo desse investimento. Trata-se de um programa de estágios em que cada trainee da empresa é acompanhado por um orientador e buddy durante um ano, para que consigam passar da teoria à prática de uma forma rápida e sustentada.
De acordo com Sofia Henriques, Employer Branding & Onboarding manager da Direcção de Pessoas e Organização da Altice Portugal, este projecto consiste num estágio profissional de 12 meses, em que os participantes têm a possibilidade de permanecer como trabalhadores da empresa no futuro.
«Este programa tem como objectivo contribuir para que os estagiários tenham uma experiência inesquecível na transição da academia para a vida empresarial, acelerando a aprendizagem durante esse período», acrescenta a responsável. Desta forma, a Altice Portugal consegue incluir o projecto DarWin no seu programa de recrutamento e ainda potencia a qualidade dos estagiários. «Mesmo aqueles que não prosseguem, de imediato, o seu caminho com a Altice, transportam consigo a experiência e a vivência adquiridas no projecto, que vão poder aplicar no futuro», lembra.
Para além da experiência no exercício de funções e das actividades do plano individual, «todos os estagiários são convidados a realizar desafios de negócio, visitas aos locais emblemáticos de negócio da Altice como a estação de cabos submarinos de Sesimbra onde por exemplo amarra o cabo da Google e workshops, nos quais são envolvidos desde a Comissão Executiva e Gestão de Topo até todos os colaboradores da Altice Portugal». Deste modo, a organização consegue contribuir para o desenvolvimento individual de cada estagiário, ao mesmo tempo em que consegue uma evolução de todo o grupo.
Para a gestora, existem dois focos que norteiam o projecto e que têm vindo a ganhar reconhecimento: «criar experiências inesquecíveis e passar da teoria à prática». Nesse os trainees passam por diversas fases antes da integração na empresa. «Assumimos as diferentes fases da experiência como uma viagem – em analogia com a expedição no beagle de Charles DarWin. Esta viagem faz-se ao longo de um ano, em que é cumprido um conjunto de actividades que contém um núcleo central estável e que se repete a cada edição.»
Existem aspectos do projecto que são adaptados de edição para edição, em prol das especificidades, desafios e características de cada grupo. Ao longo do ano, o nível de complexidade também aumenta, assim como a exposição e a exigência de cada estagiário.
Impacto e evolução
Ao longo das quatro edições já realizadas, o volume de candidaturas aumentou significativamente. Só na última edição, em 2023, a Altice Portugal recebeu mais de 1500 candidaturas. Este aumento é, por si só, uma forma de medir o sucesso do programa, nomeadamente na sua componente de Employer Branding.
A gestora destaca que todos os anos existem novos desafios, nomeadamente «a diversidade, o alinhamento com o próprio programa e o networking do grupo e da empresa». No geral, explica que a Altice Portugal tem conseguido encontrar aquilo que procura: «Jovens com potencial, ambiciosos, com vontade e capacidade de crescer em conjunto com a empresa.»
Ao nível das metas para o futuro, o objectivo da empresa passa por conseguir uma retenção de 90% dos trainees. Para alcançar esse propósito, a empresa procura, desde a fase de selecção dos candidatos do programa, «fazer um match perfeito ». Aliás, «os 12 meses do programa DarWin têm beneficiado de um óptimo Net Promoter Score (NPS) e QoS (quality of service) », sendo que a aposta da empresa passa por garantir o mesmo envolvimento e dedicação nos anos posteriores.
Passos seguintes
No que concerne à abordagem para o futuro, a empresa pretende continuar a desenvolver a estratégia adoptada, mantendo o trabalho que tem vindo a ser realizado no programa DarWin. Por um lado, a Altice Portugal quer aproveitar a divulgação do programa através da primeira pessoa, os Darwins que participam no programa, e por outro, também pretende dar continuidade à experiência após o término do estágio de 12 meses. Nesse sentido, «este ano estamos a trabalhar nos anos seguintes ao primeiro ano de estágio, desenvolvendo e reforçando, iniciativas nesses sentido».
Já sobre a forma como o programa está integrado na estratégia da empresa, Sofia Henriques garante que o projecto DarWin é um sucesso. «Neste momento, podemos dizer que é uma aposta ganha no mercado de talento jovem. Prova disso são os números de candidatos que temos; o “match” dos perfis que conseguimos; e o aumento das recomendações de colegas, amigos e familiares que surgem dos próprios trainees e da comunidade em geral», enaltece.
Além disso, a «retenção dos trainees permite, cada vez mais, atingir outros layers de responsabilidade e diversidade de funções, incluindo outros segmentos de candidatos». Apesar de uma abordagem diferente, «mais assente na Employment Value Proposition (EVP) de uma empresa líder, inovadora, sustentável e humana», o conhecimento dos profissionais, a exigência do sector e as soluções de impacto são os vectores que mais se sobressaem na empresa.
O verdadeiro ponto diferenciador deste programa «está no acompanhamento diário», nomeadamente através de feedbacks recorrentes, lessons learned ou envolvimento dos orientadores. «Além do posicionamento estratégico da empresa, damos-lhes a possibilidade de trabalhar numa empresa líder de mercado e numa das empresas com maior diversidade de funções e níveis de exigência. Oferecemos- lhes ainda a possibilidade de acompanhar a Altice Portugal, melhorando o serviço que prestamos e contribuindo positivamente para o fortalecimento da nossa economia», conclui Sofia Henriques.
